quarta-feira, 25 de junho de 2008

Formigando

Formigas cavam seus próprios buracos – ou bueiros - pra depois morrerem afogadas nele numa chuva de São João. Gostam de doce e carregam o peso de um mundo todo quando decidem levar aquelas malditas folhas que pesam mais do que elas mesmas. Podem desaparecer com um peteleco, mas não há meios eficientes que de exterminá-las definitivamente - e aquele prato com água que a gente usa pra afastá-las só adia o problema; ou você come o doce ou já era. E o pior: elas estão por toda parte. Só sentem medo mesmo é do frio. E eu, como sou fervorosamente adepta ao calor, estou com a cabeça formigando hoje. Formigando de pensar nas mesmas coisas durante horas, dias, etc. Os neurônios sentem aquelas cãibras de quem dormiu em cima do braço e não consegue se mexer por algum tempo – por quanto tempo mesmo? Tô com o corpo formigando de passar tantas horas lendo na mesma posição. Tô com a aorta formigando; bem...

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