segunda-feira, 7 de setembro de 2009

As releituras especiais de César Camargo Mariano

O premiado César Camargo Mariano não precisou de nada além de um piano para fazer a alegria das pessoas que lotavam o Seminário de Olinda no início da noite de hoje. A apresentação, que começou com um improviso feito pelo pianista, teve como segunda música, a que dá nome ao disco "Samambaia", de 1981, que Mariano afirmou ter marcado uma fase muito boa de sua carreira. No repertório do músico, que também é produtor, releituras de Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barros, e de Setembro, de Ivan Lins e Vitor Martins. "Setembro é na minha opinião uma das mais bonitas obras que existem", defendeu.

Mariano também revelou que tocar na Mimo estava sendo uma experiência fantástica, pois há muito tempo que venho namorando o festival. "Estou muito feliz de estar aqui e muito feliz de estar pela primeira vez tocando em uma igreja. É incrível o clima de serinidade que reina aqui", completou.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Let the seasons begin (it rolls right on)

Depois de tudo, as lembranças pareciam mortas, desaparecidas.
Até o dia em que sonhou, sonhou com ele sentado na arquibancada enorme, no meio de um enorme mar de gente. Gente gritando, gente sorrindo, gente se preparando. E ele olhava para ela como se tivesse ali para vê-la - e não estava, ele não teria a coragem. Ela não conseguia atravessar a quadra, a dança, a evolução. Os cabelos longos e loiros estavam presos aos tules das fantasias e não conseguia parar de olhar para ele. Como sempre, por maior que fosse não conseguia chegar até ele, mesmo assim podia entender muito do que aquele olhar dizia.
Mesmo sem querer repassar aquilo de novo - já que não parecia mais ser importante -, mesmo assim, as acrobacias feitas pela memória para esquecer corriam então como um fio fraco de água. pensou que tudo poderia ter sido muito mais fácil. Parecia que ele não ia mais aparecer. Mas, mas, mas.

O outro dia foi de peso. Com a sensação de ter vivido tudo de novo, ela só queria ser uma ostra.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Tá na cara

Cheguei a uma conclusão bem razoável. Minha motivação em escrever aqui é normalmente uma fase em que há muitas pitangas, laranjas e carambolas pra chorar.
Claro que nem sempre os posts são com bueiro theme, mas é que em épocas turbulentas você fica querendo colocar as coisas pra fora a todo custo. Explosões alegres e triste, enfim.

Isso significa que vocês, as pessoas que se importam comigo e até eu mesma podemos ficar felizes e tristes ao mesmo tempo com esse post perdido depois de quase dois meses.

Fiquemos felizes porque ele significa que estive bem, estive tranquila e talvez calma demais. Dois meses de calmo coração e de muitas batidas de perna na malha urbana da RMR. Sol na cabeça, rondas de fim de semana, mas também mar, água fresca e a quantidade certa de álcool.

E depois de saberem vocês que estive bem, começemos a nos preocupar. Fiquei órfã de emprego do dia pra noite e por motivos justos ou injustos [pensem o que quiser]. Ficar em casa me incomoda, as paredes me incomodam e só sinto confortável após as dez da noite. Preciso de rua, de um caderno e de uma caneta. preciso de perguntas e respostas diárias e preciso de um pouco de dinheiro também. Não sou peru, mas morro de véspera. E assim termino fazendo o que mais repudio em mim e nos outros: remoer. E para isso servem essas nobres linhas; aqui venho remoer.

Dito isso, me desejem boa sorte para os próximos dias, amigos.
Que as paredes não me sufoquem por muito tempo!