terça-feira, 22 de abril de 2008

Instituição Carro (Cada um no seu quadrado)

Ainda bem que conversar sobre bipolaridades; sobre horas, minutos, segundos e milhas não nos impediu de rir de Lóu imitando o vocalista de Angra. Nem a perseguição do Hyundai Tucson pela 17 de Agosto, tirou o gostinho do top Sundae. Por enquanto.

Depois de Vanessa...

Devagar... esquece o tempo lá de fora
Devagar... esqueça a rima que tocara.

Escute o que vou lhe dizer,
Um minuto de sua atenção:
Com minha dor não se brinca, já disse que não
Com minha dor não se brinca, já disse que não.

Devagar
Devagar com o andor
Teu santo é de barro
E a fonte secou.
Já não tens tantas verdades pra dizer
Nem tampouco mais maldades pra fazer
E se a dor é de saudade
E a saudade é de matar
Em meu peito a novidade
Vai enfim me libertar.
Devagar...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Tagarelices (cyber)Caqueanas II

Scraps de uma tarde de bueiro profundo e pantufas quentinhas.

PARTE I
Laurinha:
que fazes aqui, honey?!
companhia de vagabundagem?
=*
Fellipe:
não, querida amiga.
estou na aulinha q vc faltou. rá!
tina ta mandando um cheiro pra vc.
bjaum

*Quem vê pensa que ele costuma ser assíduo. Hun!
-----------------------------------------------------------------
PARTE II
Amanda:
vai pra aula, amorzinho!
hahahahahaha
Laurinha:
só vou se tu for! (como em tantos outros momentos das nossas vidas)
a resposta tu já sabe, né?!
iiiih, friend! dá não!
=*

*O sal sempre vai para o fundo do copo!

Hein?

Qual é a diferença entre idealizar e realmente sentir alguma coisa? Digo qualquer coisa.
Como distinguir os sentimentos involuntários daqueles que você sente porque é obrigado a sentir? Sim, porque determinadas situações te obrigam a ter exato tipo postura diante delas, como se fosse lógico que, ao roubarem o pirulito de uma criança, ela chorasse imediata e desesperadamente.
Ah! E tem também o problema do costume. Quando descobrimos se já nos acostumamos ou não àquele sentimento?
Sem falar no desafio, que tanto encanta alguns. Como, respondam, como saber se a ânsia pelo desafio tomou conta do sentimento, engoliu o pobrezinho como se fosse um Tylenol?

Pois é... como?

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Tagarelices Caqueanas

Parte I

- Tripo! Eu tenho que emagracer urgentemente, pô! Tá todo mundo dizendo que eu tô gordinha...
- E desde quando tu tá gorda?
- Desde que eu voltei de São Paulo. Por falar nisso, eu emagreci um quilo no mês que eu passei lá. Tu crê?! Um quilo em um mês, Tripa! Imagine se eu tivesse ficado lá dois meses...
- Aí tu ia ter emagrecido dois quilos!
- É... (com cara de quem pensava em benefícios além dos quilos perdidos.)
- Quer dizer...na verdade, não. Você podia não ter emagrecido em progressão aritmétrica, mas sim, geométrica. Seria uma P.G. e não uma P.A., hein, hein?

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A menina que esquematizava...

Depois de descer na parada errada, de andar desperada pela praça escura e esperar por Camila (que tinha prometido chegar antes de mim), lá estava eu, morta, morta de fome, dividindo o noso primeiro milkshake e preparada para uma das nossas conversas cheias de vírgulas e conjunções adversativas. As duas, lisas, tinham pedido dinheiro a Breno e a Carol, mas, não satisfeitas com gastos universitários, esperavam sanduíches de peito de peru com tomate seco, ou salmão com pão austríaco (han?!).
- Peraê! O que a gente tem pra fazer mesmo?!
- Calma. Vou esquematizar.
Escrevi quatro ou cinco linhas sobre nossos planos e aí... Puft!

- Advinha com quem eu sonhei. Sou pouco doida, viu? E o pior é que no sonho eu tava chegada mesmo.
(...)
- Fiquei ruim, Mila... ruim mesmo. Chorei, chorei. Mas te vou contar uma coisa que só tu e Zé Bruno vão saber.
(...)
- Eu corro dele, Laurinha. E o pior é que todo mundo vê! Eu tenho certeza que ele sabe...
(...)
- Dá não, dá não... cansei da brincadeira!
(...)
- Laurinha, nossas conversas não têm um pingo de lineridade! Tô imaginando nossa geladeira cheia de post-it pra lembrar os assuntos que não terminamos.

É isso, exatamente isso. Nossas conversas não têm um pingo de linearidade, mas a gente sabe costurá-las.
E esse foi um dia feliz; finalmente consegui terminar a história sobre o domingo de cão que eu tinha passado. Esquematizei tudo: o crepe, a companhia, o "crime", a raiva, a mensagem, a raiva (isso, de novo, dessa vez elevada ao cubo), os dedinhos esmagados no vidro do carro, o choro, a carteira de motorista. Tudo! E o que ela fez?! Riu!
-Desculpa, flor! Eu sei que é trágico. Mas só tô rindo porque tu também tá. Que histórica tragicômica é essa, hein?! - dias depois ela, descaradamente, assume que achou o trágico tão cômico que teve que compartilhá-lo com terceiros!

(a luz do cinema apagou e cinco minutos depois a gente parou de rir para se concentrar na formação econômica do Brasil. Tsc! Prefiro a nossa falta de linearidade.)