quinta-feira, 13 de março de 2008

Caixinha

É hora da caixinha. Embora eu não acredite que exista uma hora certa para ela. Chegou a hora. É a ficha caindo... escuta o barulho. A ficha arranhou tudo lá dentro e te obrigou a fechar a caixinha. Uma das caixinhas mais lindas que você já abriu em sua vida. Pequena como você, colorida como você e leve... exatamente como você. E você não costuma fechar caixas, nem bolsas, nem malas, nem containers. Tudo sempre foi até o fim. Acontece que dessa vez não se pode perder as cores, nem a luz, nem o cheiro, nem os sons, nem nada. Nada. Não se pode achar que ela vai ficar sempre assim, fechada. Não se pode esperar que ela se abra. Mas, ela tem que ficar assim. Para se e quando resolverem abrir de novo, seja tudo igual. Seja tudo como teria que ser sempre.

Aperto. Falta de ar. Suspiro.
Um filme de frames escolhidos a dedo só pra te fazer chorar ou prender o choro. A seqüência te dá motivos pra guardar direitinho.

O medo ficou fora da caixinha.
O medo de se confundir, de se perder, de se ferir e de errar ficou fora dela.

3 comentários:

Nathália. disse...

Joga o medo pra fora da caixinha. Na caixinha não cabe nada além da ficha, e eu fico muito muito feliz de saber que ela já caiu.
Tu tem taaaanta coisa boa pela frente amada, tanta tanta! Não deixa a ficha te atrapalhar nem o medo te impedir.

Gosto muiito de tu, e é por isso que eu torço como uma desesperada que tu chacoalhe tudo que tem pra chacoalhar! E eu sei que tu consegue. ;DD
cheeeiro =**

Laurinha disse...

nathi, amor!
precisamos conversar. brigada por td isso, pelo incentivo.
mas um pequeno detalhe: mas acho q faltou um capitulo da minha historia no livro da tua cabeça. hahahahahaha
já chacoalhei tanto que agora eu qro é me aquetar!
odeio obrigações.


=*

Ton disse...

"A dor da gente
É dor de menino acanhado
Menino-bezerro pisado
No curral do mundo a penar
Que salta aos olhos
Igual a um gemido calado
A sombra do mal-assombrado
E a dor de nem poder chorar"